03/07/13

Do Equilibrio ao Ensino




«Um professor capaz de ensinar durante duas horas sem fazer as crianças rirem de algum modo é um mau professor, pois nunca possibilita que elas se dirijam à superfície do seu corpo. Um professor que não consegue ao menos comover subtilmente as crianças, de modo que elas entrem em si, também é um mau professor; pois falando-se em extremos, deve haver uma alternância entre o ambiente pleno de humor, quando as crianças riem - não é necessário chegar ao riso: elas devem divertir-se internamente - e o ambiente trágico, comovente, choroso - elas não precisam de chorar, mas têm de entrar em si. Eis o que é necessário: criar um ambiente anímico no ensino.»


Rudolf Steiner, excerto de uma conferência proferida em Stuttgart a 6 de Fevereiro de 1923, in Temperamentos e Alimentação (Editora Antroposófica)

24/06/13

excertos de uma entrevista feita à Dra. Manuela Tavares

Em que áreas é que a medicina convencional pode, eventualmente, ser a única alternativa? 
Em toda a medicina de urgência - as reanimações, as situações de enfarte do miocárdio e de insuficiência cardíaca, os comas, os acidentes com fracturas múltiplas, as infecções graves. 

E fora dessas situações? 
Em todas as situações crónicas, evolutivas, em que a pessoa vai sofrendo ao longo da vida, com o tipo de doença que "não mata mas mói", a medicina convencional tem armas pouco eficazes que obrigam uma pessoa a tomar medicamentos para toda a vida ou a fazer tratamentos com contrapartidas por vezes graves.  

Pode exemplificar?
Por exemplo, fazer anti-inflamatórios de maneira crónica, ou cortisona, vai naturalmente provocar reacções adversas no organismo, reacções que serão como uma segunda ou terceira doença, para além daquela(s) que a pessoa já tem. Não há dúvida de que é preciso encontrar outra maneira de tratar as coisas, que permita às pessoas conviverem com a sua doença de outra forma. É isto que eu procuro pois, sendo médica, a minha função é tratar as pessoas, de preferência sem lhes fazer mal. Uma das regras de Hipócrates é «primeiro, não fazer mal». 

E isso não acontece na medicina convencional?
Na medicina convencional acabamos sempre for fazer algum dano, pelo que é importante criar maneiras de tratar as pessoas sem lhes criar outros tipos de mal estar ou dependências. 

Nas situações que referiu, em que as pessoas precisam de tomar medicamentos para o resto da vida, é possível serem tratadas com homeopatia apenas durante um período de tempo? No caso de ser necessário tomar para sempre não há efeitos nefastos? 
Em muitos casos há uma série de problemáticas em que é possível tratar e melhorar bastante. Tenho alguns casos de pessoas asmáticas que melhoram o suficiente para, durante vários anos, não precisarem de tomar medicação. O que acontece é que, passados alguns anos, em situações de stress ou de mudanças drásticas, voltam a ter crises de asma. 

Mas, nesses casos, estamos descansados porque, mesmo que seja necessário fazer novamente uma medicação, a mesma não terá efeitos secundários.
Exactamente. 

***

Considera que a homeopatia, ao contrário da medicina convencional, é uma terapêutica que tenta tratar a pessoa no todo?
O médico da medicina convencional preocupa-se com aquilo que ele pode palpar, pesar, contar e medir; com a materialidade das coisas. Há matéria por detrás, ou não? Posso ver na análise ou não? Se não posso ver na análise ou no microscópio, então isso não existe, ou é para o psiquiatra. Agora, o que é um facto é que a pessoa sente-se doente, tem um problema, uma dor, ou perturbações a vários níveis, embora nada apareça quer na análise, quer no microscópio. Por isso, tem de ser vista de uma forma global. Uma grande parte da nossa saúde está no aspecto mental. Já os gregos diziam - e eles disseram tudo - mente sã em corpo são. Ora, a mente e o corpo têm que ser vistos como uma globalidade. Uma pessoa que teve um desgosto que não pôde chorar convenientemente, que tem uma situação diária de drama ou dificuldades conjugais, não pode ter uma mente sã e, obviamente, não pode ter um corpo são. O corpo vai começar a dar sinais de que as coisas não estão bem. Todos conhecemos, e existe cada vez mais na medicina convencional, uma coisa que é a psicossomática em que se descobriu, por exemplo, que a úlcera duodenal está intimamente relacionada com situações de stress. Muitas situações a nível reumatismal - artrites, fibromialgia, etc. - têm causas psicossomáticas. Não se podem tratar corpos sem, de alguma forma, tratar "mentes". 

Por isso, as suas primeiras consultas são bastante demoradas, preocupa-se em saber a história da pessoa. 
Exactamente. Numa primeira consulta com um adulto tem de se abordar muitos temas. É evidente que não tenho a veleidade de ficar logo a conhecer a pessoa. Muitas vezes, nem ao fim de duas, três ou vinte consultas, pois há núcleos em que não se pode tocar ou que eu, pelo menos, não me atrevo a tocar. Mas vou, a pouco e pouco, tendo noção de como reagem e quais as problemáticas subjacentes.

E quando se trata de crianças?
Nesses casos é evidente que eu só a conheço verdadeiramente e só posso tratá-la convenientemente quando conheço a família. Daí aquela ideia do médico de família, que já tratou a mãe e a avó, ter muito valor. Quantas vezes me acontece que as crianças vêm só acompanhadas pela mãe e só quando conheço o pai e o ambiente com os outros irmãos é que percebo certas situações. 


20/06/13

DIETA PÓS-PARTO



Trata-se de uma dieta laxante, não fermentativa e estimulante da lactação, evitando tudo o que seja diurético.





Alimentos que:  
 
Estimulam a lactação...
  • Cereais integrais (papas, aveia, trigo, arroz, etc.);
  • Pães (especialmente o centeio) e biscoitos integrais;
  • Leite acidificado e iogurte;
  • Legumes e verduras, especialmente cenoura ralada e couve-flor. Devem ser usadas equilibradamente, entre os tipos de raízes, folhas, flores e frutos. Raízes: cenoura, beterraba, etc. Folhas e talos: alface, espinafre, acelga, erva-doce, etc. Flores e frutos: couve-flor, abóbora, courgette etc;
  • Frutas doces (neutras ou laxantes);
  • Leite de amêndoa;
  • Chá para lactação (apenas 3 chávenas por dia) Composição: alcaravia, anis, funcho e urtiga;
  • Açúcar natural (mel, mascavado, melaço) com moderação;

Inibem a lactação...  
  • Salsa, aipo, limão, salva;

Alguns conselhos:
  • Evitar batata, tomate e morango (para seu cultivo usa-se muito adubo e substâncias químicas);
  • Evitar produtos que contenham substâncias químicas como enlatados, conservas, refrigerantes, chocolates, etc,
  • Evitar molhos picantes, temperos fortes;

Sugestão:

Pequeno Almoço:
  • Chá para lactação (apenas uma chávena);
  • Leite à vontade;
  • Flocos de aveia com passas e leite;
  • Frutas laxantes (ameixa, figo, manga, laranja, nêspera ou uva) e não ácidas;
  • Pão integral, mel;
  • Levedura de cerveja em pó;

Evitar: café, chocolate e chá preto;
Usar açúcar natural com moderação;



Meio da Manha:
  • Sumo de frutas laxantes (ameixa, figo, manga, laranja, nêspera ou uva), ou leite de amêndoas, ou um iogurte natural;

Almoço:  
  • Saladas de folhas e legumes crus (temperados com azeite);
  • Sugestões: alface, agrião, almeirão, pepino, erva-doce picada, rabanete, etc. 
  • Espiga de milho ou arroz integral ou trigo ou cevada em grão

Evitar: a fécula (principalmente a batata) e as couves (repolho, couve-manteiga, brócolos, etc.); as leguminosas (nos três primeiros meses); o tomate, o chuchu, a salsa e o aipo; as proteínas animais (usar, se necessário, galinha do campo ou vitela; usar ovos de preferência caseiros ou orgânicos na preparação dos alimentos.

Sobremesa: frutas permitidas (não ácidas e laxantes)


Lanche:
  • Chá para lactação (uma chávena);
  • Leite com frutas e/ou cereais integrais e ou farelo de trigo;

Jantar:
  • Chá para lactação (uma chávena);
  • Leite;
  • Pão integral;
  • Sopas de legumes (evitar fécula);
  • Saladas


Recomendações especiais
  • Evitar anticoncepcionais orais ou injectáveis;
  • Evitar tensão e inquietação emocional e psíquica;
  • Evitar fumo ou álcool;
  • Para a mãe com pouco leite os seios devem ser esvaziados para estimular a lactação;
  • Durante a amamentação deve-se sempre vestir uma roupa de manga comprida e os seios devem ser cobertos com um pequeno pano de flanela, lã ou algodão. Desta forma, conserva-se o calor na região, evitando interferência na lactação;
  • Xarope de Espinheiro da Weleda - preparar um sumo pela manhã com água quente (1 tampa para um copo). Beber sempre um pouco depois de cada mamada;
  • Chá de amamentação da Weleda;
  • Repouso: durante o dia repor as horas de sono perdidas à noite, no total de 8 a 10 horas por dia.

"Emotional Healing with Homeopathy"







Em "Emotional Healing with Homeopathy", um clássico em Inglaterra, Peter Chappel defende que os traumas emocionais estão na base de vários problemas de saúde e podem revelar a chave da cura. Chappel demonstra a eficácia dos tratamentos homeopáticos em traumas vividos no nascimento e na infância, bem como em situações de guerra, violência, vícios (...). Este livro dá forma e substância ao tratamento homeopático, apoiando-se nas teorias antigas do Organon e na teoria da psicologia moderna que explica como a doença se apodera do corpo."

14/03/13

Mestres aos 6?


A propósito de um artigo que saiu recentemente no Expresso, acerca do crescente número de crianças que tomam ansiolíticos, divulgamos um excerto de uma entrevista dada por Eduardo Sá (que pode ser lida na íntegra aqui). Para que as coisas mudem, é urgente que comecemos a reflectir sobre a escola, a saúde e a família, integrados nesta sociedade. Há cada vez mais gente a aperceber-se de que algo vai mal (e não apenas no reino da Dinamarca, como disse Hamlet) e, mesmo que não partilhemos de uma só fé, é possível que nos aproxime o mesmo desejo: o de garantir uma infância saudável, segura e feliz a todas as crianças.



Disse um dia que as crianças estão em vias de extinção… 

Estão. Não digo isso pelo facto de o Governo e a oposição as terem transformado numa espécie de conta poupança reforma. Acho até divertido que se fale de tudo e mais alguma coisa nas várias campanhas – presidenciais incluídas – e as questões das crianças e a política de fundo para a família nem sequer exista. Portanto, o que é que a mim me preocupa? Preocupa-me esta ideia complemente absurda de crescimento, que dá a entender que as crianças têm que ser jovens tecnocratas de fraldas antes dos seis, têm que ser jovens tecnocratas de mochila depois dos seis e têm que ser jovens tecnocratas de sucesso ao entrarem na universidade para que, finalmente – como se fosse uma linha de montagem –, saíssem todos mestres. Mestre é a designação mais vergonhosa que eu já vi para um título académico, porque é um título que reconhecemos aos sábios.

Andamos a enganar os jovens? 

Isto é o cúmulo da publicidade enganosa. Explicar a miúdos com 22 e 23 anos que são mestres, de maneira a esperar que eles sejam, de preferência, ídolos antes dos 30… Anda toda a gente num registo eufórico e doente, que não percebe que as pessoas precisam de tempo para crescer. Acho engraçadíssimo quando dizem com orgulho que no jardim-de-infância há crianças que já sabem ler e escrever, mas não é isso que as torna mais sábias. Às vezes, as pessoas confundem macacos de imitação com crianças sábias. Acho engraçadíssimo quando as crianças não podem errar – eu julgava que errar era aprender. Mas não: as crianças têm que ter notas que são insufladas sabe Deus pelo quê. Vivem empanturradas em explicações. Se os pais puderem utilizar todo o tempo que a escola coloca ao serviço das famílias, elas podem passar 55 horas por semana na escola… Estamos a espatifar a infância das crianças, a espatifar a adolescência e, depois, com um olhar absolutamente cândido, dizemos que elas têm défices de atenção.

9 de Março de 2011 "Diário As Beiras"

29/01/13

NORMAS DIETÉTICAS PARA PACIENTES COM RINITE E BRONQUITE ALÉRGICAS

No caso da Rinite e Bronquite Alérgica (asma) é importante descobrir as causas que desencadeiam o fenómeno. Geralmente, trata-se de uma deficiente adaptação do organismo às circunstâncias externas, que podem ser de ordem:
  1.  Meteorológica 
  2.  Emocional 
  3.  Substâncias inaladas da atmosfera (como mofo, pólen, odores) 
  4.  Substâncias ingeridas 

Nos casos 1, 2 e 3 podemos ajudar com a alimentação, alterando a constituição alérgica e desta forma a predisposição do organismo a não metabolizar os fenómenos externos acima mencionados. No caso 4, especificamente, temos que eliminar a substância causadora da alergia, que muitas vezes leva anos até ser descoberta. Existem testes cutâneos que podem ser utilizados para detectar a causa da alergia, mas uma boa observação pode também ser muito útil. Neste caso a predisposição alérgica pode ser alterada. 

Entre os principais alérgenos, contam-se as substâncias proteicas: 
  • proteínas do reino animal como a carne e, entre estas, principalmente o peixe, os camarões e os “frutos do mar”, que podem provocar graves alergias cutâneas. 
  • as proteínas do leite podem, por vezes, levar à alergia, mas já os derivados do leite acidificado não dão problemas, devendo-se portanto, dar preferência a estes. 
  • as nozes (avelãs, castanhas, amendoins, caju etc.) e o coco, frequentemente provocam alergias.
  • o mesmo ocorre com o cacau e todos os seus derivados ou produtos nos quais é empregue como chocolate etc. 
  • o café também deveria ser evitado devido aos produtos colaterais provenientes da torrefacção. 
Certas frutas ácidas, como morangos, pêssegos, ananás, laranjas, podem produzir reacções alérgicas.
Para o asmático, nem sempre a verdura crua é bem tolerada, devendo, em certos casos, ser de uso moderado, dando-se preferência as verduras cozinhadas ou sumos das mesmas. 

O uso das folhas é extremamente importante, igualmente os cereais devido à quantidade de sílica que contém, são indispensáveis para o tratamento da constituição alérgica. Entre eles, preferimos a cevada, mas o arroz integral está também indicado. As féculas não parecem estar implicadas em manifestações alérgicas. 

Certos condimentos, especialmente da família das Liliáceas (cebolas, alho, alho-porro) e das Crucíferas (mostarda etc.), podem provocar alergias e devem ser evitados. Deve dar-se preferência aos condimentos da família das Labiadas (tomilho, rosmaninho, hortelã, orégão) e Umbelíferas (salsa, coentros) por não apresentarem problemas. 

O asmático deve tomar maior cuidado com a refeição da noite, pois um jantar leve poderá prevenir um ataque de asma durante a noite.

28/01/13

Vacinar ou não Vacinar, eis a questão?!

Uma das perguntas mais frequentes no Consultório está relacionada com a vacinação das crianças.



Por um lado, se é ou não obrigatória, e que tipo de documentação é exigível, por outro o que pensamos sobre o tema e se há alguma alternativa homeopática.
A resposta à primeira pergunta encontra-se no Programa Nacional de Vacinação 2012  "Todos os indivíduos (ou os seus representantes legais) que recusem a vacinação com todas ou algumas vacinas, devem assinar uma declaração de recusa, que fica arquivada no serviço de vacinação." (Recomendações finais- pág.66).
Relativamente à segunda pergunta, a resposta é menos simples: trata-se de uma decisão que caberá sempre aos pais, desde que devidamente informados.
Um ponto de partida? A página do National Vaccine Information Center, por exemplo. Não havendo uma "alternativa homeopática" às vacinas (alguma coisa específica para esse efeito), estamos em crer que  a homeopatia é, desde logo, uma garantia de que o sistema imunológico está reforçado.


 

03/01/13

"Ciência Espiritual e Questão Social - Três Ensaios" - Rudolf Steiner

"Como pode o meu trabalho servir aos outros?"


Em conformidade com as notícias que a imprensa nos tem proporcionado, começamos 2013 com a leitura de um pequeno livro de Rudolf Steiner dedicado à questão social. Nele Steiner considera que a ciência espiritual não é algo que nos deva afastar da vida prática mas sim ensinar-nos a melhor vivenciá-la. Ao contrário do erro cometido pelo engenheiro na construção de uma ponte, a que facilmente chamamos de incompetência, no campo social as coisas não são enunciáveis desta forma. À partida, o sofrimento humano (que, entre vários aspectos, decorre também de um certo sistema sócio-económico) não pode ser visto como resultado de uma mera incompetência mas sim de um pensamento "que não foi educado para a vida". Daqui que, quanto mais aprofundado for o conhecimento da ciência espiritual, melhor poderá ser a actuação social.

"De nada nos adianta perceber que as condições são responsáveis pela má condição de vida das pessoas; devemos, isto sim, conhecer as forças através das quais se podem criar condições favoráveis" afirma Steiner, sugerindo mais à frente que "a ciência espiritual deve descer do seu isolamento frio até aos homens, até ao povo; deve colocar franca e seriamente a exigência ética da fraternidade universal à frente do seu programa" sem esquecer que, embora o meio social condicione amplamente o Homem, é também o Homem que cria o meio social - ponto essencial desta reflexão. É assim de se evitar crer que o sofrimento que uma classe provoca à outra seja propositado: "as condições em que vivemos são criadas pelos nossos semelhantes; e nunca seremos capazes de criar melhores se não partirmos de pensamentos, atitudes e sentimentos diferentes". Ora, o que Steiner propõe que pensemos é na nossa própria vida, dado que também nós, em certos momentos, podemos ser os "exploradores" e não os "oprimidos", isto é, é também graças a nós que, por exemplo, certo fabricante de roupa é explorado (pense-se no calçado feito por crianças, nas grandes marcas que se mandam produzir nos países "de terceiro mundo" por mão de obra barata, etc.).

É também importante distinguir os termos "rico" e "explorador", dado que não são (necessariamente) sinónimos. Enquanto a riqueza é o resultado de certo trabalho ou, por exemplo, de uma herança, a exploração está associada à ideia de "proveito próprio". Se pensarmos no exemplo da roupa, o que Steiner nos diz é que "as condições actuais fazem parecer muito natural que eu procure pagar o mínimo possível ao adquirir uma determinada roupa. Isto significa que tenho em vista apenas a minha pessoa. Aqui está indicado o ponto de vista que rege toda a nossa vida". Ora, pese embora tudo o que tenha que ver com alterações ao código do trabalho, no sentido de proteger os trabalhadores, a verdade é que enquanto o princípio que nos mover for o do nosso próprio proveito, o problema da exploração não estará resolvido.