02/09/21

 Crianças e jovens não devem ser vacinados para a COVID-19

A proteção das crianças e adolescentes é um dever médico, em consonância com os princípios bioéticos da não maleficência (o dever de não causar mal) e o princípio da precaução (na ausência de certeza científica formal, a existência de risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever este dano).

A convenção dos direitos da criança, ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.o 49/90, de 12 de Setembro, estabelece claramente no artigo 3o que: “Todas as decisões relativas a crianças, adotadas por instituições públicas ou privadas de proteção social, por tribunais, autoridades administrativas ou órgãos legislativos, terão primacialmente em conta o interesse superior da criança.”

Não é eticamente aceitável que, alegando o objetivo de proteger os mais idosos, se tome a decisão da vacinação para a COVID-­­19 em idade pediátrica, que não tem benefícios neste grupo etário. O conceito de imunidade de grupo na atual situação não tem pressupostos científicos sólidos e nem sequer faz sentido, uma vez que os idosos e toda a população de risco em Portugal, já teve acesso à vacinação.

As vacinas de RNAm para a COVID-­­19 podem causar miocardites e pericardites, muito particularmente abaixo dos 30 anos de idade, como foi recentemente alertado pelos Centro de Controle de Doenças americano (CDC), Agência Europeia do Medicamento (EMA) e pelo INFARMED em Portugal.

A ocorrência destes casos de doença inflamatória do coração que necessitaram de tratamento hospitalar, e cujas sequelas a longo prazo não se conhecem, felizmente raros, foi um primeiro sinal de alerta e é razão de enorme preocupação porquanto as crianças e adolescentes, a serem vacinados, serão expostas ao risco de reações adversas graves.

Estas vacinas ainda não estão aprovadas, detêm apenas uma autorização de uso condicional, enquanto se desenvolvem e completam os estudos necessários para verificar a sua segurança e eficácia, a curto, médio e longo prazo.

Dado que as crianças e adolescentes têm um risco mínimo de complicações caso contraiam a doença de COVID-­­19, não devem ser expostos a estes ou a outros efeitos adversos graves de vacinas, ou de algum medicamento, ainda em fase experimental.

As crianças e jovens já fizeram tudo o que podiam para ajudar no controlo duma pandemia que não os afeta diretamente, com prejuízos imensos da sua saúde mental, educação e bem-estar. A vacinação seria mais um sacrifício, perigoso e sem benefício, que não deve ser imposto socialmente por medidas de limitação de liberdades constitucionalmente garantidas aos cidadãos em Portugal.

Relatores:

Prof. Doutor Jacinto Gonçalves Especialista em Cardiologia e Medicina Interna Prof. Associado Jubilado da Nova Medical School UNL, vice-presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia
Dr. António Pedro Machado
Especialista em Medicina Interna
Dr.a Teresa Gomes Mota
Cardiologista
Prof. Doutor Francisco Abecasis
Pediatra e Intensivista

Signatários:

Prof. Doutora Ana Paula Martins Farmacêutica, Professora Faculdade de Farmácia da UL e Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos
Dr. António Pedro Machado
Especialista em Medicina Interna
Dr. Bernardo Paes de Vasconcelos
Cirurgião Geral
Dr. Carlos Moura
-­Carvalho ex-­Chefe de Serviço Hospitalar (Laboratório de Citologia IPOFG)
Dr.ª Elsa Fragoso
-­ Pneumologista /Intensivista
Prof. Doutor Francisco Abecasis
Pediatra e Intensivista
Prof. Doutor Germano de Sousa
Patologista Clínico, ex-­Prof. Associado da Nova Medical School UNL, ex-­Bastonário da OM.
Dr.ª Helena Alves
Médica Especialista de Imuno-­hemoterapia
Dr. Hélio Paulino Pereira
Assistente Hospitalar Graduado de Ortopedia e Traumatologia
Dr. Henrique Carreira
Assistente Graduado de Medicina Geral e Familiar Dr.a Inês Mafra Ortopedista
Prof. Doutor Jacinto Gonçalves
Especialista em Cardiologia e Medicina Interna, Prof. Associado Jubilado da Nova Medical School UNL, Vice-­Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia
Dr. João Estrela Martins
Ortopedista
Dr. João Melo Lucas Coelho
Assistente Graduado Sénior de Medicina Geral e Familiar
Dr. José Carlos Ramos
Médico
Prof. Doutor José Fernandes e Fernandes
Cirurgião Vascular, Prof. Catedrático Jubilado da Fac. Medicina UL
Dr. José Rodrigues Loureiro
Cardiologista
Dr. Manuel Barreira Moniz
Ortopedista
Dr.ª Margarida Gardete
Medicina Geral e Familiar
Prof. Doutor Paulo Rego
Ortopedista
Dr. Pedro Ferreira
Farmacêutico
Dr. Samuel Martins
Ortopedista
Dr. Sérgio Tavares dos Santos
Urologista
Dr.ª Susana Castela
Cardiologista
Dr.ª Teresa Gomes Mota
Cardiologista
Dr. Tiago Marques
Assistente Hospitalar de Infecciologia
Dr. Tiago Tribolet de Abreu
Especialista de Medicina Interna
Dr.ª Verónica Gouveia
Anestesiologista
Drª Manuela Tavares - Medicina Interna